14 de maio de 2014

COM QUAL DESSES FILHOS VOCÊ SE IDENTIFICA?


             
       
À época do Senhor Jesus, a família judaica era centrada na figura do pai, que possuía uma imagem muito forte, na sociedade, e todas as decisões sempre gravitavam em torno dele. A autoridade do patriarca da família era muito respeitada, uma vez que ninguém queria correr o risco de ser deserdado ou expulso do convívio familiar e, certamente, ser visto com desprezo pela comunidade da época, em face dos rígidos preceitos existentes.


A idéia predominante, entre o povo , com relação a  Deus, é que se tratava de alguém muito distante, severo, e que ameaçava sempre com um castigo. Na realidade, Deus é um Pai, bondoso, e esta sempre muito mais preocupado com a salvação da nossa alma, do que de eventuais erros por nós cometidos.


O evangelho, em Lucas 15:11-31, fala de um homem que tinha dois filhos. Um dos filhos, o mais novo, exigiu a sua parte na herança (muito embora o seu pai ainda estivesse vivo) e partiu para uma região muito distante, para viver à sua maneira, sem ter que dar qualquer satisfação da sua vida à ninguém, pois se achava "dono do seu nariz".

     
Sozinho e inexperiente, num mundo hostil, o jovem deixou-se levar pela busca desenfreada do prazer e da satisfação da sua própria carne e acabou gastando, de forma irresponsável, todos os seus bens. Em seguida, houve uma grande fome, na cidade, e o rapaz se viu obrigado a pedir ajuda a um dos cidadãos, que o empregou para cuidar de porcos.

O porco é um animal considerado imundo, para o judeu. Sujeitar-se a cuidar de porcos era uma situação de extrema humilhação, agravada, ainda, pelo fato de não lhe permitirem comer, sequer, da lavagem que ele servia aos porcos.

      
" E caindo em si disse: quantos trabalhadores na casa de meu pai têm abundância de pão, e  eu aqui pereço de fome. Levantar-me-ei e  irei  a meu  pai  e  lhe  direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti. Já não sou digno  de  ser  chamado  teu  filho;  trata-me  como  um  dos  teus trabalhadores" (Lucas 15:17-19)


No retorno ao lar, o pai correu até ele e o abraçou, alegremente. Mandou preparar  uma festa numa demonstração de que soube aguardar, com muita paciência, o seu retorno, arrependido após um duro período de aprendizado.

  
O filho mais velho, entretanto, cego pelo egoísmo, se achava superior, e não conseguia enxergar o fato mais importante, que era a conversão do seu irmão. Observe que o pai, em momento algum, se mostrou preocupado com a perda de bens materiais, mas apenas com a salvação do seu filho caçula.

O filho mais velho, entretanto, preocupou-se, tão somente, com as coisas materiais, com os bens que o seu irmão havia dissipado. Além disso, quis julgar o seu irmão de acordo com a sua própria "justiça", recusando-se a acreditar em sua conversão.

   
Na Parábola do Filho Pródigo, o Pai representa Deus e, cada um de nós, talvez, possa ser representado na figura do filho mais novo, que reconhece os seus erros e confessa, sinceramente, os seus pecados, desejando uma nova vida ou na figura do filho mais velho, que pelo fato de ser obediente a palavra do pai, vive confiando nos seus pretensos "méritos", pensando que isso o credencia a ter algum privilégio diante de Deus, achando-se, ainda, no direito de julgar o seu próximo, de acordo com os seus próprios critérios.

     
Na realidade, ambos os filhos eram dissipadores: o mais novo de bens materiais e o mais velho de bens espirituais (a salvação do seu irmão).

     
Em qual dessas figuras você se sente representado?

    
Deus abençoe, em nome do Senhor Jesus


Bispo João Batista

2 comentários:

  1. Muito forte essa palavra!
    É a primeira vez que entro nesse blog, acabei de ver na página do face da dona Marilene; aliás, antes de eu começar a mexer no computador eu pedi à Deus uma direção sobre o que fazer na minha vida, e Ele me deu essa direção através desse post! Obrigada.

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  2. Para o ser humano o mais difícil é reconhecer que errou, sempre prevalece o seu eu,mas qdo há um arrependimento verdadeio aí é o momento que o pai se manifesta c a sua misericórdia, momento único ,só o pai p perdoar ,pois ninguém é digno de estar a sua presença.

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