À época do Senhor Jesus, a família judaica era centrada na figura do pai, que possuía uma imagem muito forte, na sociedade, e todas as decisões sempre gravitavam em torno dele. A autoridade do patriarca da família era muito respeitada, uma vez que ninguém queria correr o risco de ser deserdado ou expulso do convívio familiar e, certamente, ser visto com desprezo pela comunidade da época, em face dos rígidos preceitos existentes.
A idéia predominante, entre o povo , com relação a Deus, é que se tratava de alguém muito distante, severo, e que ameaçava sempre com um castigo. Na realidade, Deus é um Pai, bondoso, e esta sempre muito mais preocupado com a salvação da nossa alma, do que de eventuais erros por nós cometidos.
O evangelho, em Lucas 15:11-31, fala de um homem que tinha dois filhos. Um dos filhos, o mais novo, exigiu a sua parte na herança (muito embora o seu pai ainda estivesse vivo) e partiu para uma região muito distante, para viver à sua maneira, sem ter que dar qualquer satisfação da sua vida à ninguém, pois se achava "dono do seu nariz".
Sozinho e inexperiente, num mundo hostil, o jovem deixou-se levar pela busca desenfreada do prazer e da satisfação da sua própria carne e acabou gastando, de forma irresponsável, todos os seus bens. Em seguida, houve uma grande fome, na cidade, e o rapaz se viu obrigado a pedir ajuda a um dos cidadãos, que o empregou para cuidar de porcos.
O porco é um animal considerado imundo, para o judeu. Sujeitar-se a cuidar de porcos era uma situação de extrema humilhação, agravada, ainda, pelo fato de não lhe permitirem comer, sequer, da lavagem que ele servia aos porcos.
" E caindo em si disse: quantos trabalhadores na casa de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome. Levantar-me-ei e irei a meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores" (Lucas 15:17-19)
No retorno ao lar, o pai correu até ele e o abraçou, alegremente. Mandou preparar uma festa numa demonstração de que soube aguardar, com muita paciência, o seu retorno, arrependido após um duro período de aprendizado.
O filho mais velho, entretanto, cego pelo egoísmo, se achava superior, e não conseguia enxergar o fato mais importante, que era a conversão do seu irmão. Observe que o pai, em momento algum, se mostrou preocupado com a perda de bens materiais, mas apenas com a salvação do seu filho caçula.
O filho mais velho, entretanto, preocupou-se, tão somente, com as coisas materiais, com os bens que o seu irmão havia dissipado. Além disso, quis julgar o seu irmão de acordo com a sua própria "justiça", recusando-se a acreditar em sua conversão.
Na Parábola do Filho Pródigo, o Pai representa Deus e, cada um de nós, talvez, possa ser representado na figura do filho mais novo, que reconhece os seus erros e confessa, sinceramente, os seus pecados, desejando uma nova vida ou na figura do filho mais velho, que pelo fato de ser obediente a palavra do pai, vive confiando nos seus pretensos "méritos", pensando que isso o credencia a ter algum privilégio diante de Deus, achando-se, ainda, no direito de julgar o seu próximo, de acordo com os seus próprios critérios.
Na realidade, ambos os filhos eram dissipadores: o mais novo de bens materiais e o mais velho de bens espirituais (a salvação do seu irmão).
Em qual dessas figuras você se sente representado?
Deus abençoe, em nome do Senhor Jesus
Bispo João Batista
Muito forte essa palavra!
ResponderExcluirÉ a primeira vez que entro nesse blog, acabei de ver na página do face da dona Marilene; aliás, antes de eu começar a mexer no computador eu pedi à Deus uma direção sobre o que fazer na minha vida, e Ele me deu essa direção através desse post! Obrigada.
Para o ser humano o mais difícil é reconhecer que errou, sempre prevalece o seu eu,mas qdo há um arrependimento verdadeio aí é o momento que o pai se manifesta c a sua misericórdia, momento único ,só o pai p perdoar ,pois ninguém é digno de estar a sua presença.
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