Na última passagem do Senhor Jesus por Jericó, havia,
naquela cidade, um homem muito pobre, chamado Bartimeu, que era cego e vivia
mendigando pelas ruas, como forma de sobrevivência, pois, humanamente falando,
ele não era capaz de produzir absolutamente nada.
Naquela época, o império Romano dominava o povo e exercia um
governo extremamente opressor.
Imagine quantas foram as discriminações e as humilhações
sofridas por Bartimeu, por conta da sua deficiência física e da condição de
miséria em que vivia.
O fato é que a despeito de Bartimeu ser cego e viver na mais
completa escuridão, dependendo da misericórdia de outras pessoas para poder
realizar as coisas mais simples do seu dia a dia, na verdade, ele possuía uma
visão espiritual muito apurada, e uma esperança real de que um dia a sua
situação iria mudar.
Há pessoas que, quando são acometidas por uma fatalidade ou
quando se vêem diante de um problema aparentemente insolúvel, se sentem
abatidas, derrotadas, querem morrer ou curtem um sentimento de comiseração
(sentem pena de si mesmas).
Bartimeu estava assentado à beira do caminho, mas, quando
ouviu que era Jesus quem estava passando, pôs-se a clamar:
"Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! E muitos o
repreendiam para que se calasse; mas ele cada vez gritava mais: Filho de Davi,
tem misericórdia de mim!
Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram, então, o cego,
dizendo-lhe: tem bom ânimo; levanta-te, Ele te chama.
Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com
Jesus.
Perguntou-lhe Jesus: que queres que eu te faça? Respondeu o
cego: Mestre, que eu torne a ver. Então,
Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E, imediatamente, tornou a ver e
seguia a Jesus estrada fora." (Marcos 10:47-52).
No passado, as muralhas de Jericó foram derrubadas após
terem sido rodeadas por sete dias. No sétimo dia, Josué, e todo o povo que o
seguia, deram sete voltas em torno de Jericó,
sendo que, ao final da sétima volta, após o toque das trombetas, fizeram
um grande clamor e as muralhas foram derrubadas.
Aqui, no caso do cego Bartimeu, as muralhas estão retratadas
pela forte discriminação e preconceito que
impediam aquela geração de compreender que o amor ao próximo, o perdão,
e a misericórdia devem, incondicionalmente, ocupar sempre espaço no coração do
ser humano.
Bartimeu quebrou todas as barreiras ao aproveitar a
oportunidade que se lhe apresentava e clamou por misericórdia ao Senhor Jesus,
porque tinha a mais absoluta certeza de que alcançaria o milagre desejado. Ele
que viveu tantos dias sem Jesus, agora podia avaliar muito bem a diferença entre
viver sem Jesus e viver com Jesus.
E você?
Até quando você vai viver sem Jesus e ficar reclamando e
chorando,
diante das muralhas da vida?
Deus abençoe, em nome do Senhor Jesus.
Bispo João Batista
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