Durante o período que envolve as
décadas de 1970 e 1980 ocorreu um embate entre dois ideais de felicidade: o
capitalista e o socialista.
O padrão capitalista, defendido
pelos Estados Unidos, garantia a liberdade
a cada cidadão, na procura da felicidade individual. O ideal socialista,
preconizado pela União Soviética, contrariamente, defendia a tese da igualdade
de direitos, onde todas as atividades eram estatizadas e, caberia ao Estado,
distribuir as riquezas de forma a garantir, a todos os seus cidadãos, uma vida
decente.
Após a segunda guerra mundial a
Europa ficou dividida entre essas duas potências, que passaram a disputar
territórios, na tentativa de implantar as suas idéias e afugentar o
concorrente.
Estabeleceu-se um conflito
indireto, que foi chamado de "Guerra Fria", uma vez que essas duas
grandes potências não se enfrentaram diretamente em um combate. O que houve, de
fato, foi uma disputa armamentista e tecnológica entre os EUA e a URSS,
principalmente na tecnologia das ogivas nucleares.
A eventual possibilidade de uma
guerra nuclear criou um clima de muita apreensão, em todo o mundo, pois havia o
receio de que, num determinado momento a vida humana simplesmente deixasse de
existir. E para que isso viesse a ocorrer, bastava que uma das partes apertasse
o tal "botão vermelho", detonando os mísseis que os dois blocos
apontavam um para outro, ou que uma bomba atômica fosse lançada.
Seria o fim! A repetição de
Hiroshima, no Japão.
Todos nós, aqui no Brasil, também
experimentamos uma grande sensação de medo e insegurança, com a eventual
perspectiva de uma terceira guerra mundial que, felizmente, não aconteceu.
A linda e poética letra da música
"Herança", do grupo Roupa Nova, traduz bem a inquietude da época.
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