Certa ocasião, um cidadão americano decidiu que iria atravessar as Cataratas do Niágara, que fica entre os Estados Unidos e o Canadá, sobre um cabo de aço estendido de uma ponta à outra.
Esta pretensão foi divulgada por toda mídia e houve uma grande manifestação por parte de toda a sociedade dos dois países, face ao alto grau de perigo que tal empreitada representava.
Havia uma unanimidade de que seria uma loucura, um suicídio anunciado. As organizacões de direitos humanos, diversos grupos sociais e a sociedade civil se manifestaram contrarios a idéia.
No entanto, entre as milhares de pessoas entrevistadas, apenas D.Ingrid, uma senhora bem idosa, afirmou que acreditava naquele homem e que tinha certeza de que ele iria lograr êxito.
A partir daí, a D. Ingrid passou a ser entrevistada por todos os canais de rádio e televisão, e confirmava, enfáticamente:
"- Esse menino é bom, ele vai vencer, eu tenho fé, eu acredito nele!"
Após vencer todas as barreiras burocráticas legais, no dia marcado, o americano estava no local da travessia, rodeado de uma multidão de pessoas curiosas e um verdadeiro batalhão de repórteres de Rádio e Tv, com toda aquela sua parafernália. E a D. Ingrid? Ah! D. Ingrid ficou numa posição privilegiada, onde as câmeras de TV pudessem focá-la, a todo instante.
De posse de uma vara, para ajudar no seu equilíbrio, aquele homem, depois de uns 40 minutos de muita tensão por parte da grande platéia presente, conseguiu vencer o desafio e cruzou o percurso proposto.
Aí, D.Ingrid ficou mais famosa ainda: era capa de todas as revistas e manchete em praticamente todos os programas de Rádio e TV, onde reafirmava:
"- Eu sabia, eu tinha a certeza de que ele conseguiria, eu creio nele."
Mas, o homem ainda não estava satisfeito, e queria mais desafio, voltou à mídia e disse:
"- Eu vou atravessar as cataratas novamente, só que desta vez, levando um carrinho de mão".
Houve um grande alvoroço, e, novamente, as manifestações de parte da sociedade civil organizada e da população foram totalmente contra. Ora, com a vara, ele ainda tinha um auxílio, mas com as duas mãos ocupadas, para transportar o carrinho sobre aquele cabo de aço, seria uma loucura.
Mais uma vez a D. Ingrid foi a única pessoa, dentre milhares de entrevistados, que afirmou:
"- Pode botar fé, porque ele é muito bom, ele vai conseguir, eu acredito nele."
No dia previsto, havia uma multidão ainda maior e, mais uma vez, a D.Ingrid teve um lugar de destaque. Após algum tempo e com maior grau de dificuldade, o homem conseguiu atravessar com o carrinho de mão.
Mais uma vez a D. ingrid foi muito solicitada, tornando-se uma celebridade, porque era a única que acreditava firmemente naquele homem. Mas, o americano aventureiro não parou por ai. Ele queria mais. Pouco depois, voltou à mídia e afirmou:
"-Eu agora vou atravessar novamente, só que desta vez, levando uma pessoa dentro do carrinho de mão."
Imaginem qual foi o nome que veio à mente de todos? O da D. Ingrid, é claro! Agora eu pergunto: E QUEM FOI CAPAZ DE CONVENCER A D. INGRID A SENTAR NO CARRINHO?
A fé verdadeira não é medida por aquilo que a gente pensa ou diz, mas por aquilo que a gente é, e demonstra, através dos frutos que apresentamos.
A Palavra de Deus afirma que a fé sem obras é morta: "Meus irmãos, qual o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?"(Tiago 2:14).
Fé é "sentar no carrinho".
Que Deus abençoe, em nome do Senhor Jesus.
Bispo João Batista
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